O Dia do Trabalhador, celebrado a 1 de Maio, é uma data carregada de simbolismo, conquistas e, sobretudo, de memória coletiva. Em Portugal, como em muitos outros países, este dia é feriado nacional e recorda a luta dos trabalhadores por melhores condições laborais, horários justos e direitos fundamentais — muitos dos quais hoje consideramos garantidos.
A origem do 1º de Maio remonta ao final do século XIX, nos Estados Unidos, quando milhares de trabalhadores saíram à rua em Chicago, exigindo a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. O protesto resultou em confrontos violentos, mas a semente da mudança já estava lançada. Anos mais tarde, o movimento operário internacional consagrou esta data como símbolo de resistência e reivindicação.
Em Portugal, o 1 de Maio teve especial importância após a Revolução dos Cravos, em 1974. No primeiro 1º de Maio em liberdade, as ruas encheram-se de gente, bandeiras e palavras de ordem. Foi um momento histórico de celebração e esperança, num país que começava a respirar democracia e a valorizar os direitos laborais.
Na Região Autónoma da Madeira, o espírito do 1º de Maio também é vivido com significado. Apesar das particularidades insulares, as preocupações dos trabalhadores madeirenses refletem-se nas lutas comuns do país: emprego digno, proteção social, estabilidade contratual e valorização do trabalho local. Ao longo dos anos, a Madeira tem procurado equilibrar o seu crescimento turístico e económico com os direitos de quem sustenta esses setores – os trabalhadores.
Hoje, o 1º de Maio continua a ser um momento de reflexão e mobilização. Num tempo em que novas formas de trabalho emergem, como o teletrabalho ou os chamados “gig jobs”, importa não esquecer as bases que foram conquistadas com esforço e persistência.
Este dia serve não só para celebrar o passado, mas também para lembrar que os direitos laborais são uma construção contínua. Em Portugal, na Madeira e em qualquer parte do mundo, o trabalho digno continua a ser uma luta que vale a pena travar — todos os dias, mas especialmente a 1 de Maio.
As celebrações do 1.º de Maio em Portugal são marcadas por diversas atividades promovidas por centrais sindicais e outras organizações.
Lisboa: A CGTP organiza a tradicional corrida internacional do 1.º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1.º de Maio. À tarde, realiza-se um desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, culminando com um comício.
Porto: Está prevista uma manifestação na Avenida dos Aliados durante a tarde .
Além disso, em várias localidades pelo país, ocorrem festas populares, provas desportivas, caminhadas, música e teatro para celebrar o Dia do Trabalhador.
Na Madeira, o Dia do Trabalhador é celebrado com um programa diversificado de atividades culturais, desportivas e recreativas:
21h00: Concerto da fadista Cuca Roseta, acompanhada pela Banda Militar da Madeira, no Parque de Santa Catarina. A entrada é livre, e as portas abrem às 18h00.
19h00: Atuação da banda madeirense Pilares de Bânger como banda de abertura.
09h15: Prova de Atletismo "Madeira a Correr" – Grande Prémio 1.º de Maio, na Ribeira Brava .