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7.8.17

PATRÃO DA SAMSUNG ARRISCA PENA DE PRISÃO


Depois de 4 meses de audiências sobre as alegações contra Lee Jae-yong, o Ministério Público deu como encerrado o caso.

Acusado de ter pago 38 milhões de dólares, (cerca de 32 milhões de euros) em subornos á confidente de Park Geun-hye. Choi Soon-sil, o sul coreano de 49 anos, vice-Presidente da Samsung e filho do Presidente do grupo Samsung, arrisca 12 anos de cadeia, embora possa haver um redução para cerca de 5 anos.


Choi Soon-sil é a figura principal do escândalo de corrupção e tráfico de influências que levou à destituição da ex-President Park Geun-hye, primeira mulher eleita para o cargo. "Rasputina" é o nome que foi dado a Choi Soon-sil.

Para obter "luz verde" do Governo, para uma fusão controversa  entre a C&T e a Cheil Industries em 2015, a Samsung teria efetuado esses pagamentos, segundo disse a acusação. Refira-se que essa fusão foi denunciada por vários acionstas.






Depois de seu pai ter sofrido um ataque de coração em 2014,  Lee Jae-yong tornou-se de facto o patrão da Samsung, tendo negado todas as acusações contra si sobre o caso da corrupção e suborno.

Preso a 17 de Fevereiro de 2017, Lee Jae-yong de 48 anos, ficou num centro de detenção ao sul de Seul, onde ficou aguardando a decisão do tribunal, que chegou depois de uma audiência a portas fechadas que durou o dia todo. 

De salientar que a decisão  sobre a prisão do patrão da Samsung só se deu devido ao facto dos promotores acrescentaram provas e apresentaram novas acusações, entre elas a de obstrução da justiça e de violar a lei que regula as transferências de ativos ao exterior, o que fez os juízes do mesmo tribunal mudarem de opinião.

A prisão de Lee abre a porta a que haja mais prisões de outros responsáveis de grandes empresas também suspeitas de terem realizado práticas idênticas. Investigadores asseguram que cerca de 53 empresas terão feito doações nos mesmos moldes, direta ou indiretamente a Choi Soon-sil.

A ver se este assunto leva a um ponto de inflexão na Coreia do Sul, fazendo jus aos cidadãos que há anos que desconfiam dos laços existentes entre grandes grupos familiares e classe política, abrindo assim um precedente para que se atrevam a investigar esses casos o que até agora não foi feito.


c.e.a.