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29.8.25

Festa do Vinho Madeira 2025





Quando o final de agosto chega, a Madeira desperta com o alegre perfume das vindimas. A Festa do Vinho da Madeira 2025 é muito mais do que um evento: é uma celebração da vida, da terra e do espírito madeirense, que decorre de 24 de agosto a 14 de setembro.

No Funchal, a Praça do Povo transforma-se no coração pulsante do festival: o Madeira Wine Lounge acolhe todos — locais e visitantes — com taças de vinho madeirense, petiscos regionais e música ao vivo que embala conversas e risos.







De 12 a 14 de setembro, o Estreito de Câmara de Lobos enche-se de cor e tradição. O dia 13 é o ponto alto: vindima ao vivo, cortejo etnográfico, a pisa da uva com os pés descalços no lagar — momentos que nos transportam ao passado e que nos convidam a viver a cultura com todos os sentidos.




Por toda a ilha, “Da Vinha ao Lagar” leva música às vinhas, com concertos em cenários mágicos: Estreito, Porto Moniz, Santana e São Jorge, envoltos pelo espírito vitivinícola da terra.

E há ainda mais para descobrir: provas comentadas, workshops, e até um festival de cocktails que mistura tradição e modernidade. Tudo isto com um toque especial: um investimento reforçado e uma programação mais rica do que nunca.

Na Madeira, o vinho não é só uma bebida — é história, é festa, é identidade. E nesta edição de 2025, convida-te a brindar ao presente com as raízes de sempre.



















c.e.a.i






24.8.25

XX SEMANA EUROPEIA DE FOLCLORE



  Foto Cultura Madeira


De 24 a 27 de Agosto no Auditório do Jardim Municipal do Funchal pelas 21 horas haverá a 

XX SEMANA EUROPEIA DE FOLCLORE e no dia 28 será o encerramento no Centro Cívico de Santa Maria Maior.

A Semana Europeia de Folclore teve início em 2004, ano em que foi criada como festival internacional promovido pelo Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova, com o apoio da Câmara Municipal do Funchal e da Direção Regional de Turismo, no contexto da Festa do Vinho da Madeira .

Este festival foi idealizado para valorizar e divulgar o património cultural madeirense através de intercâmbios folclóricos, proporcionando convívio entre grupos regionais, nacionais e de vários países europeus.

Organização e Enquadramento

Organização principal: Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova (fundado em 15 de agosto de 1965), uma associação com estatuto de Instituição de Utilidade Pública desde 1994, reconhecida como de Notório Interesse Cultural .

Produzido no âmbito da Festa do Vinho da Madeira, o festival reúne o apoio institucional da Câmara Municipal do Funchal, da Direção Regional de Turismo, e outras entidades locais .

Realiza-se anualmente no Auditório do Jardim Municipal do Funchal, com algumas sessões também no Centro Cívico de Santa Maria Maior, entre o final de agosto e o início de setembro .

Evolução e Projeção

O Festival cresceu ao longo dos anos, abrindo portas a uma ampla diversidade de grupos folclóricos:

Já recebeu participantes de mais de 19 países, incluindo diversos países europeus como:

Espanha

França

Inglaterra

Bélgica

Alemanha

Polónia

Áustria

Croácia

Itália

República Checa

Eslováquia

Roménia

Hungria

Lituânia

Letónia

Holanda

Noruega

Suécia

Rússia

A Semana Europeia de Folclore realiza-se geralmente entre fim de Agosto e início de Setembro.











c.e.a.

21.8.25

21 de Agosto – Dia da Cidade do Funchal



21 de Agosto – Dia da Cidade do Funchal




O Dia da Cidade do Funchal, celebrado a 21 de Agosto, é um dos momentos mais significativos da história da Madeira. Mais do que um simples feriado municipal, esta data recorda a fundação e a evolução de uma cidade que se tornou referência no Atlântico desde o início da colonização portuguesa.

As origens do Funchal


                                   Funcho


O nome da cidade tem uma origem curiosa: quando os primeiros navegadores e colonos portugueses chegaram à ilha, por volta de 1425, encontraram grande abundância de uma planta aromática chamada funcho. Foi essa presença que inspirou a designação “Funchal”.


Com o passar das décadas, o pequeno núcleo populacional cresceu rapidamente. A sua baía natural oferecia abrigo e condições ideais para o comércio marítimo. Ainda no século XV, o Funchal já se afirmava como centro administrativo, religioso e económico da Madeira.

A elevação a cidade





No dia 21 de Agosto de 1508, por carta régia de D. Manuel I, o Funchal foi oficialmente elevado à categoria de cidade. Este reconhecimento refletia a sua importância crescente no contexto português e europeu. Pouco depois, em 1514, seria também criada a Diocese do Funchal, que chegou a ser a maior diocese do mundo, abrangendo vastos territórios ligados às descobertas portuguesas.

Um porto do mundo




Durante os séculos XV e XVI, o Funchal transformou-se num dos portos mais movimentados do Atlântico. O comércio do açúcar, então conhecido como “ouro branco”, trouxe riqueza e atraiu mercadores de várias origens – flamengos, genoveses e castelhanos –, que deixaram a sua marca na vida cultural e económica da cidade.

Mais tarde, foi o vinho da Madeira que projetou novamente o nome do Funchal além-fronteiras. A cidade tornou-se ponto de encontro de culturas, local de passagem de navegadores e mercadorias, mas também espaço de troca de ideias, artes e tradições.

A celebração do dia

O 21 de Agosto é, portanto, a comemoração do “aniversário” da cidade. Para além das cerimónias oficiais, é uma data que convida à reflexão sobre a importância do Funchal na história da Madeira e de Portugal.

Celebrar este dia é reconhecer a força de uma comunidade que cresceu entre o mar e a montanha, que enfrentou desafios naturais e históricos, e que conseguiu manter viva uma identidade própria ao longo de mais de cinco séculos.























c.e.a.




10.8.25

Arraial do Monte


Festa de Nossa Senhora do Monte – Tradição da Madeira


Todos os anos, no dia 15 de Agosto, o coração da Madeira bate mais forte no Monte. A Festa de Nossa Senhora do Monte não é apenas uma celebração religiosa – é um reencontro de fé, cultura, sabores e abraços apertados de quem regressa à ilha para matar saudades.




Durante nove dias, as novenas enchem a igreja com cânticos e orações. São dias de devoção intensa, onde os romeiros sobem a pé, alguns vindos de longe, cumprindo promessas ou simplesmente para agradecer. Muitos chegam de madrugada, com o terço na mão, o olhar firme e o coração cheio de esperança.




Mas o Monte não é só silêncio e recolhimento. Quando a parte religiosa dá lugar ao arraial, a música dos grupos folclóricos ecoa pelo ar, misturando-se com o cheiro irresistível da espetada a assar no braseiro. O bolo do caco, barrado com manteiga de alho, sai quentinho, pronto a acompanhar a carne suculenta. Nas barracas, há vinho da Madeira, poncha, milho frito, e aquela doçaria caseira que sabe a infância.

Os imigrantes que regressam nesta altura trazem histórias de longe, fotografias para mostrar e lágrimas nos olhos quando veem como o Monte continua igual – com as ruas decoradas, a luz das lâmpadas de festa e o calor humano que só aqui se sente. É também um momento de reencontros: primos que não se viam há anos, amigos de escola que agora vivem noutras terras, vizinhos que partilham risos como se o tempo não tivesse passado.




A festa mistura o sagrado e o profano de forma única: a procissão solene, com a imagem de Nossa Senhora do Monte a percorrer as ruas, e, ao mesmo tempo, a alegria contagiante do arraial, onde todos dançam, cantam e celebram. É um pedaço da alma madeirense, preservado e vivido com orgulho.





Quem participa sabe que não se trata apenas de uma festa – é uma tradição que se repete de geração em geração, um fio invisível que liga os madeirenses espalhados pelo mundo ao coração da sua terra.

Porque no Monte, todos encontramos um pouco de casa.














c.e.a.

Os Mistérios do Monte: Lendas e Segredos da Madeira



No coração verdejante da Madeira, entre neblinas e jardins encantados, existe um lugar onde a história se mistura com o mistério: o Monte. Localizado nas colinas acima do Funchal, o Monte é mais do que um destino turístico — é um palco de lendas, fenómenos inexplicáveis e tradições enraizadas na alma da ilha.

Prepare-se para espreitar o lado mais misterioso desta freguesia encantadora.

O Santuário da Nossa Senhora do Monte... e os sussurros noturnos.

O famoso santuário atrai milhares de visitantes todos os anos, mas poucos sabem que há relatos antigos de sons de passos e murmúrios noturnos, mesmo quando a igreja está fechada.

Alguns dizem que são ecos de orações antigas, outros acreditam ser aparições de peregrinos que nunca chegaram ao destino.


O túmulo do Imperador Carlos I da Áustria

Sim, um imperador europeu está sepultado no Monte! Carlos I viveu os seus últimos dias na Madeira, exilado.

Dizem que a sua presença ainda “vigia” o local, e há quem garanta ter sentido uma energia estranha ao visitar a cripta.

Curiosidade: o Vaticano beatificou o imperador, o que só aumentou a aura de misticismo em torno do local.

A floresta que “sussurra”

A vegetação luxuriante do Monte, especialmente ao redor do Jardim Tropical, é conhecida pelos locais por “falar com o vento”.


Há quem jure ouvir sussurros entre as árvores, como se fossem histórias contadas pelas raízes centenárias. Lenda ou fenómeno natural? Fica à imaginação...

Os carros de cesto... e as corridas noturnas

Os carros de cesto são uma atração típica — mas poucos sabem que, antigamente, os carreiros faziam corridas à noite, sem turistas, desafiando-se entre curvas apertadas.

Dizem que em noites silenciosas, é possível ouvir os sons das cordas e dos carros a deslizar, mesmo sem ninguém na estrada.

A Quinta das Lendas Perdidas

Perto do Monte há antigas quintas que, com o tempo, foram abandonadas. Há registos orais de aparições, ruídos estranhos e sombras nas janelas.

Uma das lendas fala de uma “Senhora de branco” que caminhava pelos jardins ao entardecer... sempre em silêncio.

O Monte não é apenas um refúgio verde ou um miradouro espetacular — é um lugar onde a tradição, a fé e o mistério se cruzam em cada esquina.

Se visitar, vá com olhos atentos e ouvidos curiosos… quem sabe o que poderá descobrir?















c.e.a.i